Praias, templos, uma deliciosa aura de exotismo no ar. Todos os caminhos levam ao outro lado do mundo para uma viagem a dois inesquecível.
Da janela do hidroavião, o que se vê é uma paleta de azuis provavelmente só possível de ser repetida nas telas de um computador. Aqui e ali, pontinhos de areias brancas, coqueiros e os inconfundíveis bangalôs erguidos em palafitas sobre as águas. Do alto, as 1.190 ilhas e ilhotas de coral que formam o Arquipélago das Maldivas deslizam pelo horizonte até onde a vista alcança.

Mas é com o pouso suave sobre as águas transparentes de um idílico Oceano Índico que o paraíso se materializa diante dos olhos. Aqui, os dias se passam entre mergulhos em piscinas de vista infinita debruçadas sobre o mar, massagens ao ar livre, jantares privativos na praia à luz de velas e noites embaladas apenas pelo barulhinho das ondas, numa ilha para chamar de sua (nossa) – ainda que só por uns dias…

Entre os séculos 11 e 13, Bagan era um dos mais poderosos e ricos reinos da Ásia. Durante 250 anos, a região viu nascer mais de 4 mil templos budistas às margens do mítico Rio Ayeryarwady. Foram tempos de glórias na capital que mais reis coroou na antiga Birmânia. Hoje restam 2 mil deles, imersos numa constante bruma pela manhã, o que deixa a paisagem ainda mais mágica. Bagan é agora o principal postal de um país que, assim como a Índia, pertenceu ao Raj Britânico até meados do século 20. Mas não o único. Pagodas de ouro e pedras preciosas na capital Yangon, tribos coloridas como a das mulheres girafa, que alongam o pescoço com anéis de cobre, e os pescadores do Lago Inle, que protagonizam um verdadeiro balé ao remar com os pés nas pontas das canoas, completam o cenário dos belos romances de George Orwell, onde a viagem a dois fica ainda mais especial em voos de balão ao nascer do sol, dias de puro glamour em barcos de luxo sobre as calmas águas fluviais e mergulhos em um dos trechos de costa mais bem preservados da Ásia.
Desertos, praias, montanhas nevadas no Himalaia, grandes cidades imersas num delicioso caos. Dentro da imensidão de dimensões continentais que lhe coube no mapa-múndi, a Índia é um território diferente de tudo o que já se viu – e o cenário perfeito para dias de puro romance com toques de exotismo. Terra de marajás e princesas, de templos e palácios nababescos, o país muitas vezes parece uma miragem. Elefantes decorados desfilam pelas ruas, palacetes emergem de lagos como se estivessem flutuando, aromas inebriantes emanam dos mercados. Tudo isso envolto em uma aura de elegância e glamour que veio durante os anos do Protetorado Britânico, quando os salões de baile, as roupas e as joias recebiam diretamente as influências de cidades como Londres e Paris.

É tudo intenso, colorido e superlativo no país do Taj Mahal, onde os jantares são verdadeiros banquetes de especiarias, cada incursão às ruas (de tuk tuk, de preferência) é uma saborosa aventura a dois e as visitas aos monumentos, verdadeiras aulas de história. Ao fim do dia, os hotéis, instalados em palacetes e recheados de mordomias, funcionam como deliciosos oásis.
Bangalôs com toda a privacidade em meio a uma floresta de elefantes, restaurante gourmet no topo de uma árvore (literalmente), mercados flutuantes, rooftops de camarote para o skyline de uma das cidades mais cosmopolitas do mundo. Estrategicamente localizada no coração da Indochina, a estrela do Sudeste Asiático é um parque de diversões de sonhos que reúne experiências de uma vida. Bangkok brilha com seus palácios reais e templos às margens do Rio Chao Phraya, onde assiste-se a um frenético vai e vem de barcos sempre carregados de monges de vestes cor de laranja.

Na capital, budas de esmeralda dividem a atenção com feiras de rua e hotéis que servem um elegante e imperdível chá das 5. No Norte, as atenções se dirigem aos passeios pelas florestas habitadas por coloridas tribos. Mas o país é mesmo famoso pelo seu litoral de não menos que 3.200 quilômetros de extensão, banhado por águas transparentes e salpicado de ilhas idílicas. Entre baías recheadas de pináculos de pedras e praias de cinema (como a do filme A Praia, com Leonardo di Capri), sempre um convite a belos dolce far niente, a vida segue mais plena a bordo de um long tail boat. Uma lua de mel para ficar para sempre na memória.
Oásis budista em meio ao maior país muçulmano do planeta, a ilha mundialmente famosa pelo surfe é também a ilha de belos templos debruçados sobre o mar, campos de arroz que parecem ter sido desenhados na paisagem, vulcões e falésias que emolduram lindas praias. Dona de uma cultura que segue intocada à mercê do turismo, a mais famosa ilha da Indonésia tem uma aura sagrada no ar.

Acorda-se com as oferendas, termina-se o dia com espetáculos de dança que saúdam divindades. Entre uma coisa e outra, a lista do que fazer inclui massagens divinas, banhos em algumas das piscinas mais cênicas do mundo, passeios de bicicleta a dois pelo interior, perfumadas aulas de culinária a quatro mãos. Ou nada disso. Fazer nada em Bali é certamente mais especial do que em qualquer canto do mundo.